Para compreendermos melhor como a
Terapia Física Vascular BEMER se aplica ao tratamento de feridas, é necessário
primeiramente rever alguns aspectos do processo de cicatrização. Este processo
ocorre por diversos fatores que levam à reconstituição tecidual, independente
do agente causador (fatores mecânicos, químicos, isquêmicos, entre outros). A
cicatrização depende do organismo como um todo, sendo um processo dinâmico e
sistêmico e não apenas a lesão propriamente dita.
A cicatrização ocorre em três fases,
sendo a primeira delas a fase inflamatória que se inicia assim que há a lesão.
Essa primeira fase tem a função de sinalizar a mensageiros celulares que houve
um rompimento do tecido e recrutar substâncias necessárias ao processo de
cicatrização. Nesta fase surgem vermelhidão, aumento da temperatura local,
inchaço e dor, com duração de 24 -72
horas aproximadamente.
A segunda fase é a proliferativa
(ou de proliferação). Ela se inicia após o quarto dia de lesão e permanece até a
segunda ou terceira semana, dependendo das condições da lesão e do paciente.
Por fim, a última fase é a fase de maturação (ou de remodelamento), que se
estende até a 6-8 semanas após a lesão. É nesta fase que todas as substâncias e
tecidos são reestruturados para o fechamento do ferimento e formação da
cicatriz.
Saiba quais são os tipos de cicatrização:
1)
Primeira intenção, quando as
bordas da ferida são aproximadas, sem perda de tecido e ausência de infecção,
com mínimo edema. Exemplo: ferimentos suturados.
2)
Segunda intenção, quando ocorre
uma perda grande de tecido e pode haver ou não infecção concomitante. Nela não
é possível a aproximação das bordas, as feridas são deixadas abertas e fecharão
por meio da contração e epitelização (processo onde o tecido novo forma o
revestimento do local lesado). Exemplo:
feridas abertas crônicas.
3) Terceira intenção, quando há uma infecção anterior que precisa ser tratada para que haja a reaproximação das bordas da ferida e posterior fechamento.
Conheça os fatores que interferem na cicatrização das feridas:
- Fatores sistêmicos: faixa etária, estado nutricional, oxigenação
e perfusão tecidual (fluxo sanguíneo local), doenças crônicas (hipertensão
arterial sistêmica, diabetes), medicamentos em uso, tratamento tópico adequado.
- Fatores locais: características da ferida (tamanho, profundidade), vascularização do local, isquemia tecidual (se houve perda do suprimento de oxigênio para o tecido), cuidados com a lesão e o grau de contaminação. Lembrando que a avaliação da ferida e o tipo de curativo devem ser determinados por um profissional de saúde.
Segundo a
representante da BEMER Brasil, Consuelo Garcia, a Terapia BEMER
age por meio de estímulos bioeletromagnéticos que interferem na
microcirculação, aumentando o fluxo dos vasos de menor calibre, fornecendo
oxigênio e nutrientes de forma mais eficiente para as células e liberando toxinas produzidas no processo de respiração
e metabolismo celular .
Além disso, a tecnologia BEMER:
●
Atua como facilitador
da microcirculação através da vasodilatação;
●
Acelera a síntese de
ATP (energia) pelas mitocôndrias, ativa a produção de proteínas;
●
Acentua o transporte
de aminoácidos (base da produção de proteínas);
●
Aumenta a captação de
oxigênio tecidual;
●
Favorece a
permeabilidade da membrana celular (fluxo de íons – potássio, cálcio, sódio
– para dentro e fora das células);
●
Ativa trocas metabólicas
(melhora das funções celulares);
●
Estimula a atividade
de fibroblastos acelerando a síntese de colágeno dérmico e epidérmico;
●
Produz mais
efetivamente o tecido cicatricial de reparo (granulação) e proporciona a
restauração de ferimentos e lesões na pele com maior rapidez.
Vale reforçar que a Terapia BEMER
pode ser utilizada desde casos simples como um pequeno corte até casos
complexos como úlceras, gangrenas, queimaduras, psoríase.
Para um resultado mais eficiente,
fazem-se necessárias algumas recomendações, tais como:
- Usar sempre aplicação sistêmica (BBody)
associada à aplicação local (B.Pad, B.Spot, B.Light); a aplicação sistêmica deve sempre ser iniciada com
intensidades baixas e com aumento gradativo;
- Aplicação local com intensidade e programas
altos; aplicação B.Pad/B.Spot deve ser seguida de B.Light, composto por
luz monocromática de baixa intensidade que complementa os efeitos na
cicatrização;
- Utilizar técnicas de biossegurança
(cuidados na contaminação do aparelho e da ferida);
- Avaliar condições de hidratação e
nutrição do paciente;
- Utilizar curativos apropriados em
complemento;
- Avaliar estado geral e a resposta
sistêmica.
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